Resiliência

1965

 

 

Problemas diários, perdas, traumas emocionais, emoções e sentimentos marcantes. Essas e muitas outras razões interferem, muitas vezes negativamente, na vida de milhares de pessoas. Como superar os problemas pessoais? As metas não atingidas? Como se tornar mais forte e aprender com as dificuldades? Para alguns a infelicidade é apenas uma pequena barreira, mas para outras pessoas pode se tornar uma enorme muralha – incapaz de ser ultrapassada.

 

Nesse momento o caminho a seguir tem apenas dois sentidos: superar as dificuldades ou ser mais uma vítima dela. Nesse contexto entra o estudo sobre a superação humana, a resiliência – termo muito semelhante à referência derivada da Física, ou seja, é o desenvolvimento de habilidades que possibilitam melhores meios de enfrentamento, com o menor dano possível, das agressões estressoras e revezes sofridos em nossa vida cotidiana. Essa capacidade de enfrentamento, que deve ser interpretada como ‘combater o bom combate’ ou ‘lutar a boa luta’, na maioria das vezes poderá ser atingida através de técnicas de treinamento especializado por meio da Hipnose Dinâmica.

Os resilientes têm uma incrível capacidade sadia de autojulgamento, de respeitar as diferenças vivenciais e existenciais das outras pessoas, conseguem amar, têm grande compaixão, ética, coragem e sabedoria. A facilidade para corrigir os erros e defender os acertos é outra característica marcante. Longe de ser um idiota, um inocente ou um dócil carneirinho, a pessoa resiliente é, isto sim, uma grande estrategista num gigantesco jogo de xadrez. Sabe reconhecer com rapidez e perspicácia o momento certo da luta ou da fuga (e isso nada mais é que autopreservação, portanto, sabedoria em evitar danos graves à sua vida).

A palavra resiliência está entre o assunto do momento porque, equivocadamente, muitas pessoas acham os resilientes superiores. Quando o comportamento é imitativo, fingimos ser resilientes, e assim vivemos de truques ao invés de sabedoria. A moda é sempre ditada pelo senhorio, a quem obedecemos cegamente na necessidade de sermos aceitos socialmente a qualquer custo. Isso é o oposto de resiliência. Não deveríamos ficar desempenhando papéis durante todo o tempo de nossas curtas vidas. De fato, a vida é muito curta, mas nunca deveria ser pequena.

Os traumas não podem ser vencidos, apenas aprendemos a conviver pacificamente com eles. A criança, por exemplo, está em fase de estruturação da personalidade e somente “superará” traumas com mais facilidade se for amada pelo adulto, no caso os pais, isto é, se houver “attachment” – apego ou aconchego. O adulto já apresenta uma personalidade estruturada e mais defendida. Orgulho, vaidade, “status” e onipotência simulada não combinam com facilidade para “superar” traumas. Daí podem aparecer doenças como depressão e transtorno de pânico. Essa seria uma situação de baixíssima capacidade de resiliência.

É possível encontrar o equilíbrio entre a vida desejada e os problemas diários reconhecendo a veracidade e existência de ambos. Os sonhos que temos na vida não devem ser evitados, da mesma forma devemos saber que não há como não ter problemas na vida – e esses problemas são mesmo diários.

 

Todos podemos trabalhar para fortalecer o pensamento positivo e a capacidade para superar as adversidades. Praticar o sentido de controlo sobre os nossos comportamentos em diferentes circunstâncias ou ver como gerimos o quotidiano ajuda a neutralizar as emoções negativas, a resistir aos fatores de stress e a protegermo-nos de sentimentos perigosos de impotência ou desamparo.

 

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, insira seu comentário!
Por favor, insira seu nome aqui