NA MÍDIA: Matéria na Rádio Capital – Depressão pós-férias atinge a 23% dos brasileiros

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Um estudo divulgado recentemente revela que 23% dos brasileiros podem sofrer da chamada depressão pós-férias. Isso acontece quando, ao voltar ao trabalho, o funcionário sente falta de energia inexplicável, dores no corpo e um desânimo ao cumprir suas obrigações.

O estudo conduzido pela Isma-BR (International Stress Management Association no Brasil), instituição voltada para a investigação e gerenciamento do estresse, revela que entre os participantes com diagnóstico de depressão pós-férias, os sintomas mais comuns foram dores musculares, incluindo cefaleia (comum a 87% deles), cansaço (83%), angústia (89%) e ansiedade (83%). Do total, 68% afirmaram usar medicamentos e 52% citaram o consumo de álcool como forma de aliviar o mal-estar.

Sobre este assunto, a repórter Carla Mota conversou com o psiquiatra Leonard Verea, que explicou este mal. “Quando alguém sai de férias com problemas mal resolvidos, coloca todos eles em uma mochila e leva junto. Voltando das férias, a mochila está cheia. Ele volta ao trabalho com todos aqueles problemas mal resolvidos. Isso gera desânimo e a pessoa não se conforma por ter desperdiçado o período de férias e não ter resolvido os problemas”, diz.

O médico destaca que a pessoa pode ter insônia, falta de vontade, desidratação, falta de apetite, e até mesmo desânimo para os cuidados higiênicos diários. “Esse mal-estar dura cerca de duas semanas se for resolvido. Se não for, pode evoluir para casos mais complexos”, acrescenta.

Para amenizar o problema, o psiquiatra recomenda disciplina. “Temos que conseguir conciliar nossa vida em quatro momentos fundamentais: tempo para o trabalho, tempo para a família, tempo para a família e o tempo para o ‘eu’. A partir do momento em que conseguimos equilibrar esses quatro momentos, nossa vida passa a fluir de forma mais simples e natural”, orienta.

Ele frisa que a pessoa deve procurar ajuda quando esse mal-estar excede sua capacidade de tolerância. “Quando ela passa mal a ponto de não encontrar recursos para melhorar é bom procurar ajuda”, finaliza.

A depressão pós-férias não deve ser confundida com o desconforto da segunda-feira, ou após um feriado prolongado, que produz sintomas menos intensos e duradouros.

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