Hipnose Dinâmica no tratamento de medos e fobias

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No tratamento de fobias com hipnose, o papel do profissional é fundamental. Ele deve induzir o estado hipnótico por meio de técnicas de comunicação personalizadas para cada paciente. Por meio da sua atuação, o paciente pode alcançar bons resultados de maneira rápida e assertiva.

Por isso, o tratamento de fobias com hipnose se revela uma ótima ferramenta e pode ajudar muitas pessoas a recuperar a saúde e qualidade de vida. Estima-se que, dependendo de cada situação, o tratamento leve de algumas semanas a alguns meses.

A ferramenta hipnótica deve ser utilizada para que o paciente foque no problema, buscando encontrar a melhor solução. Um bom hipnoterapeuta consegue encontrar os pontos que causam travamento nas reações do paciente, auxiliando-o. Isso inclui lidar com memórias de traumas que serviram de gatilho para a condição patológica.

O que é medo? Ele é um sentimento instintivo?

O medo é uma emoção saudável no ser humano. Normalmente, nos protege contra ameaças reais à vida. Todas às vezes, que nos deparamos com circunstâncias inesperadas, que representam perigo, surgem os sintomas desse quadro. Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer com que as coisas não pareçam o que são. O medo patológico limita de alguma forma a vida das pessoas. O problema é mais comum do que se possa imaginar e vêm sendo registrado com frequência cada vez maior em consultórios psiquiátricos e clínicas psicológicas. O medo patológico se diferencia do normal por vários motivos:

  • não tem razão objetiva;
    • não tem base na realidade concreta;
    • o próprio paciente sabe ser absurdo o que sente;
    • provoca uma aflição (ansiedade) desmedida e
    • é acompanhado de sintomas físicos (falta de ar, sudorese, etc.)

O exagero é um quadro clínico de fobia ou de pânico e, normalmente, está relacionado à ansiedade patológica, angústia e, principalmente, depressão.
O indivíduo com síndrome de pânico sofre tremedeiras pelo corpo; é tomado pela tontura súbita, a pressão arterial dispara e coração bate descompassado.
Os sintomas são parecidos com os de um infarto e, nesse instante, a morte ou a loucura iminentes parecem certas. Depois da primeira crise, o paciente costuma submeter-se a uma batelada de exames clínicos; o médico verifica que não há nada de errado e, mesmo assim, as crises continuam. Um dos piores aspectos do pânico é o “medo de ter medo”.

O que é fobia? Qual é a diferença entre medo e fobia? Explique um pouco sobre.

O Medo é uma reação que aumenta a nossa capacidade de atenção, de resposta, bem como os níveis de adrenalina. Investigadores afirmam que o medo não deve ser eliminado nem combatido. É saudável e importante termos medo, visto que este visa a autopreservação. Além da nossa razão que tem capacidade de fazer escolhas entre o bem e o mal, o medo não toma decisões, é um sistema muito mais rápido que a razão que visa a proteção do organismo. A Fobia é entendida como um medo irracional, compreendido pelo próprio sujeito como desproporcional, possuindo uma reação exagerada. Mas que não consegue reagir de forma a contraria-lo. As pessoas com fobia descrevem-na como “ sendo mais forte que elas”, inevitável e incontrolável. A Fobia entra no campo da psicopatologia, a maioria dos objetos, lugares ou situações são subjetivos, isto é, o individuo interpreta como perigoso e ameaçador, muitas vezes algo normal e inofensivo para os restantes indivíduos. Perante o objeto ou situação fóbica, o sujeito tem um pico de ansiedade associada, reconhecendo muitas vezes a inexistência do perigo, mas não consegue agir de forma diferente. Esta é considerada patológica, principalmente quando áreas da vida do individuo começam a ser prejudicadas.

 

Quais são os principais tipos de fobia (multidão, altura, etc.)? E os mais incomuns? Por favor, explique do que se trata cada um. (cite uns 8 a 10 tipos)

As fobias, ou doenças da ansiedade,  estão divididas em três grupos principais. O primeiro deles é o da “Síndrome do Pânico”, caracterizada  por crises súbitas de depressão e ansiedade que duram entre 10 e 20 minutos e geram sensações de desmaio, vertigem, taquicardia, suor, enjoo, entre outras.    O segundo é o grupo das “Fobias Sociais”, que provoca nos doentes o pânico de realizar qualquer ato coordenado na frente de outras pessoas; como falar, escrever, comer….etc. O último grupo é o das “Fobias Simples”, medo de algum objeto, animal, inseto ou situação específica.  O número de fóbicos no Brasil é  baseado em uma estimativa internacional cujos cálculos permitem estipular que 5% da população de cada país sofre de algum tipo de fobia.

 

É possível tratar a fobia? Quais os principais tratamentos? Qual é a duração média?

A boa notícia para quem sofre desses “males da vida moderna” é que, ao contrário de antigamente, já existe um grande leque de tratamentos para essas doenças. Os remédios – antidepressivos e ansiolíticos – são uma opção. Entretanto, para quem não quer se submeter às dosagens medicamentosas, uma excelente alternativa de cura é o tratamento através da medicina psicossomática e hipnose dinâmica. A hipnose permite que uma pessoa, em estado alterado de consciência, possa ter acesso a recordações de situações anteriores e até de vidas passadas, sem perder a consciência, porém com a concentração focalizada, que não deixa que elementos externos interfiram no processo hipnótico.  O subconsciente não está limitado pela lógica, espaço e tempo podendo lembrar de tudo.  A mente pode comentar, criticar, censurar e a pessoa não perde o controle do que diz. Neste estado alterado de consciência é que a pessoa resgata lembranças que possam estar influindo negativamente na sua vida presente e que, provavelmente, seja a fonte de seus problemas e de muitas doenças psicossomáticas. A reapropriação do respeito por si próprio pode vir  com a descoberta ou novas percepções sobre si mesmo, reaprendendo suas potencialidades, que o paciente a se tornar o seu agente de mudança e de cura”, afirma. “Nos cursos que ministramos mostramos as grandes possibilidades de cura desta e de outras doenças psicossomáticas, como tabagismo, obesidade e outras.

 

O que é fobia social? Como lidar com ela? Há tratamento? Qual é a diferença da timidez?  As fobias sociais começam normalmente na infância ou surgem na vida adulta?

é a intensa ansiedade gerada quando o paciente é submetido à avaliação de outras pessoas. Essa ansiedade ainda que generalizada não se estende a todas as funções que uma pessoa possa desempenhar. Na maioria das vezes concentra-se sob tarefas ou circunstâncias bem definidas. É natural sentir-se acanhado quando se é observado: esse desconforto até certo ponto é normal e aceitável, muitas vezes vantajoso. Passamos a considerar esta vergonha ou timidez como patológicas a partir do momento em que a pessoa sofre algum prejuízo pessoal por causa dela, como deixar de concluir um curso ou uma faculdade por causa de um exame final que exige uma apresentação pública ou diante de um avaliador(es).

Se a fobia não for tratada, pode ter outras consequências? Quais?

As causas são as mais diversas mas está correlacionado com a maneira como cada pessoa ‘processa’ sua vivências, traumas e em especial eventos precoces como os da infância, e que na vida adulta pode desencadear após eventos mais estressores que servem como evento desencadeante. Porém os eventos desencadeantes são somente a ponta do iceberg. Por esse motivo é importante o Tratamento Psicológico para compreender as causas e o processo no qual se estruturou o funcionamento psicológico de cada paciente fóbico. Freud refere que as fobias surgem após grande sobrecarga psíquica (oriunda da vivencias e traumas) que gera um excesso de ansiedade que com o passar do tempo vai direcionar-se para uma situações ou objetos aos quais o individuo projeta de maneira inconsciente seus temores e ansiedades. Essa projeção (mecanismo de defesa psíquico inconsciente) vai canalizar todo o medo para o objeto fóbico. A ansiedade antecipatória é disparada quando esses pacientes precisam encarar o estímulo temido, de modo que também constroem suas vidas para evitá-lo. Quando o medo toma a proporção de fobia a melhor indicação é o Tratamento Psicológico pois as causas vão estar diretamente as questões da história individual de cada pessoa, sua vivências e traumas muitas vezes experienciados na própria infância.

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