Como viver bem com o seu parceiro

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Dificuldade de diálogo, divergências de opiniões, maneiras agressivas de comunicação, dificuldades de demonstrar afeto e admiração podem ser uma das dificuldades que o casal evidencia quando está em conflito. Geralmente o casal pode demonstrar suas mágoas e ressentimentos mas também pode retrair-se e guardar para si toda sua tristeza e desesperança.

 

Algumas emoções são comuns durante períodos de crise como: dor, raiva, frustação, solidão, sentimento de rejeição, entre outras. As atitudes geralmente evidenciam negatividade, desânimo, frustação, desesperança, agressividade etc. As ações entre os cônjuges são destrutivas, palavras ásperas, silêncio e até violência.

 

O clima no relacionamento fica bastante frio, áspero, amargo, possui dificuldades de discutir as diferenças, conversas se transformam em discussões ou o cônjuge se afasta e se mantem em silêncio. Não há sentimento de cumplicidade e parecem viver de maneira isolada e distante.

Porém é importante que o casal perceba se esses eventos são pontuais, fazem parte de uma crise ou faz parte da forma como sempre se relacionaram, isso pode indicar o quanto é possível batalhar diante da crise para superar tal fase, porém se é um padrão de relacionamento e uma forma única que eles sabem se relacionar isso indica que o conflito é mais profundo pode traduzir imaturidade e conflitos de ambos como casal, mas também de seus estilos individuais que trazem de suas histórias pessoais.

 

A premissa básica na perspectiva sistêmica é de que todos carregamos para novos relacionamentos a bagagem emocional de questões não resolvidas de relacionamentos passados importantes. O que trazemos em um primeiro relacionamento (casamento) é a bagagem que trazemos de nossas famílias de origem como nossos relacionamentos mal resolvidos em relação aos pais e irmãos.

 

Crise é um período de tensão e de conflito que aparece periodicamente na vida de toda família ou casal que pode ser produzida tanto por uma mudança esperada (previsível = como fases do desenvolvimento adolescência, aposentadoria) ou mudanças imprevisíveis (falecimentos, perda de emprego, doenças etc). No entanto é importante que o casal consiga se reorganizar diante dessa crise com flexibilidade, novos equilíbrios, as vezes novos papéis e mudanças nos padrões de afetos (interação). Caso seja um momento de grande dificuldade e o casal perceba sua incapacidade de resolver sozinho seus conflitos é importante que busquem ajuda de Psicoterapia de Casal ou de Família para superar a crise. A crise pode ser benéfica se for passageira e não cristalizar papeis e relações patológicas.

 

Diálogo, bom senso, ânimos calmos, conversar em momentos mais tranquilos e apropriados pode ser um bom começo para buscar soluções para crises e conflitos conjugais. Brigas recorrentes e de longo tempo pode indicar conflitos antigos e padrões de relacionamentos disfuncionais já cristalizados geralmente requer mais motivação e as vezes busca de ajuda como Psicoterapia de casal para superar.

 

Exercitar a flexibilidade e saber a hora de ceder são bons conselhos na teoria, mas, na prática, é importante que os cônjuges se percebam em suas competências e fragilidades aonde cada um possa ‘superar’ carências, excesso de expectativas e necessidades imaturas. Em uma relação é importante que ambos tenham comportamentos afetivos, cordiais como:

  • praticar palavras de incentivo,
  • apoiar diante de diferentes situações,
  • fornecer apoio emocional ,
  • demonstrar respeito sempre (evitando palavras e ofensas),
  • expressar verbalmente o apreço pelo seu cônjuge,
  • escutar e dar atenção ao cônjuge,
  • não exagerar nas críticas,
  • escolher o momento para falar de assuntos mais delicados,
  • elogiar antes de pedir algo,
  • valorizar pequenas mudanças e aspectos positivos de seu cônjuge,
  • demonstrar empatia frente as necessidades e sentimentos de seu parceiro.

 

 

 

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