Ansiedade

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Entrar por um caminho estreito, prejudicar soluções, colocar-se em uma gaiola: isso é Ansiedade. “Não aguento mais” é uma das frases mais faladas por quase 30 % da população. Todos nós somos um pouco estressados, mas não é difícil mudar os rumos da nossa vida, pequenas mudanças na forma de pensar e de viver as situações que nos envolvem, já são suficientes.

É normal na vida querer subir, fazer carreira, progredir, mas muitas vezes as pessoas não percebem o que deixam para trás, tudo parece evoluir muito bem, mas sem uma estrutura firme e bem alicerçada, de repente a pessoa acorda ansiosa, cheio de medos, insegura, inquieta, agitada, repetindo a fala “não aguento mais”, sem saber a quem recorrer e como resolver.

Uma das falhas mais evidentes nesse processo evolutivo é a perda da Criatividade, se  ela se apaga, se afasta da nossa vida, nenhum sucesso profissional pode nos compensar. Se não exerce a criatividade, o cérebro se torna árido e todos os males começam por ai. A pessoa se torna unilateral, vivendo somente casa, trabalho, sucesso e resultados a alcançar, esquecendo-se dos hobbies e das diversões que gostava anteriormente. Isso acontece quando há um desequilíbrio na nossa mente, entre o nosso desejado inconsciente e o possuído real. A maior parte dos pacientes que sofrem de ansiedade, quando indagados, relata que perderam as paixões por algo gostoso e bom na vida antes do problema: por isso estão tão mal. Entraram por um caminho estreito. A ansiedade aparece para ajudá-los, aparece do mais profundo do inconsciente para avisar para não deixar de lado a própria essência, a afetividade que é a base da vida.

Precisamos seguir a nossa intuição, deixar a energia se manifestar de dentro para fora, ouvir a voz da nossa consciência. Muitas pessoas sofrem por antecipação, vivem a sensação do “medo de ter medo“, colocando em ato um processo que chamamos de evitação: por medo de viver uma crise de ansiedade ou de pânico, a pessoa limita cada vez mais o próprio raio de ação, evitando todas aquelas situações que considera a risco. Desenvolve assim o medo de ter medo: isso não ajuda a diminuir os sintomas, mas pelo contrario, cria outros. Muitos dizem que, vivendo trancados em casa, acabam por ser vitimas de pensamentos obsessivos intoleráveis, como o desejo de machucar as pessoas mais próximas ou a si mesmo, desenvolvendo assim o medo dos próprios pensamentos.

Utilizando o recurso da imaginação para mudar as perspectivas e ver as coisas de forma diferente, é um exercício excelente para vencer a ansiedade. Ficamos estressados porque olhamos somente para o lado mais negativo das coisas. O erro está em dedicar toda a atenção somente aos problemas, as coisas que não vão bem e em como corrigi-las. Esse pensamento amplifica e tira espaço daquilo que te faz bem. Se conseguir desviar e mudar o foco, vai conseguir mudar tudo. Ao invés de procurar soluções mais ou menos distantes, experimente “estar aqui”, sem se cobrar algo. Olhe ao seu redor. A mente vai se libertar e vai começar a perceber muitas pequenas mudanças, muitas surpresas. São faíscas que reacendem forças que nem imaginava possuir.

 

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