Transforme-se

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A capacidade de se auto transformar, é a capacidade de olhar instante por instante para nós mesmos e ao mundo no qual  moramos.

Nós passamos 90% da nossa vida vivendo mal, porque : ou estamos no passado, ou estamos no futuro. Vou ser feliz quando tiver mais dinheiro…, quando tiver o carro mais bonito…, quando tiver a casa mais bonita…, quando tiver coisas…, Está…errado: AUTOESTIMA, começa agora, nesse momento, e não quando tiver…, ou quando vou ser… É agora, neste instante que você vai ser feliz, é esse instante que conta:  todas as vezes que a minha estima é atacada, é atacada a estima naquele instante, naquele momento, naquela situação.

Por que  a gente não começa a pensar em cada coisa que fazemos, como se fosse o único instante que estamos vivendo?. A vida de uma forma geral passa ao nosso redor, e o indivíduo vive infeliz, porque  acredita que o momento que está vivendo seja um momento de passagem, a espera de momentos melhores que vão chegar. Porque não tentamos pensar que cada momento seja o único…, e conta somente aquilo que estamos fazendo agora…., neste momento.

Mesmo se não vou ser promovido…, mesmo se não tenho a parceira que sonhava…, mesmo se o meu trabalho não é aquilo que me realiza naquele instante…  Eu neste instante existo, abro a minha mente …, só neste momento do presente…, fecho os olhos… e existo.  Eu existo, nenhum objetivo é mais importante do que eu.

Nós não somos nunca uma coisa só, é difícil saber exatamente o que somos: se pudéssemos parar de nos auto definir, poderíamos começar a nos conhecer, deixando de procurar a qualquer custo as certezas, (essas últimas dão segurança somente superficialmente).

Não adianta tentar mudar as coisas que sabemos que não podem ser mudadas. Antes de fazer qualquer esforço, precisamos saber se temos alcance, se esse esforço está ao nosso alcance, para não acabar nos deprimindo pela não realização. Não vamos fazer esforços inúteis, se eu começo a fazer um esforço, o faço para valer.

Se eu faço um esforço, o faço agora, não amanhã, agora. Eu quero melhorar o meu trabalho agora, não adianta me culpar, ou me castigar, ou falar as coisas que eu vou ter que fazer. As coisas que eu quero fazer, quais são?É isso e aquilo, muito bom. Então comece a fazê-las e as faça. Não fique se martirizando na dúvida.

Se preocupar com o julgamento dos outros, faz com que se viva sempre em tensão, pensando: “quando eu parar de atuar, os outros não vão gostar mais de mim”. Viva a sua vida, você não está num palco, tente mudar o assunto: eu me gosto, eu me amo. Nós temos que aprender a ser aquilo que somos, além dos objetivos parciais que continuamos nos atribuindo.

Ninguém de nós escolhe sofrer, não sabemos, mas naturalmente vivemos numa espécie de campo mais forte de nós, onde automaticamente o sofrimento, a culpabilidade, a tentativa de mudar o tempo, o redundar no passado, projetar no futuro, se tornam a regra. Se eu quero pôr em ato mudanças de verdade na minha vida, é inútil projetar mudanças radicais de vida, que de qualquer forma não vou realizar nunca, e que somente vão me  ajudar a alimentar a desestima pela sua não realização.

Outra coisa importante, você não precisa esperar um prêmio pelas coisas que faz, porque se o prêmio não chega vai se sentir frustrado. Se o prêmio chegar, vai repetir o comportamento da mesma forma, para receber o prêmio de novo.

Muitos relacionamentos, principalmente dentro do trabalho, são baseados na fantasia de que o líder, o chefe, tem que gratificar o funcionário, e se não  o gratifica, o funcionário entra em crise. E se o  gratifica, se levanta para cair de novo na próxima penalização de si mesmo.  Assim não sabe, não vai saber nunca mais quando  foi verdadeiramente bom,  não vai saber nunca mais quanto é realmente capaz, apto. Precisa aprender que nas coisas que faz, não tem prêmio, e não tem nem castigo, portanto uma culpabilidade.

Nunca é sempre uma questão de vida, ou de morte, mesmo que pareça.

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