Resiliência: 5 estratégias para aumentá-la

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Como profissionais da saúde falamos bastante sobre o que pode estar errado com a gente e como podemos reparar isso. Sempre existirá um espaço e um valor para isso, claro! Mas também estamos num momento em que muitos esforços são direcionados para melhorar a compreensão do avesso dessa moeda, ou seja, as coisas que estão indo bem conosco, o que é bom e tem dado certo, o que é positivo em nossas personalidades e atitudes e também o que pode ser possível.

A boa notícia é que tudo isso pode ser aprendido! Pontes estão sendo construídas para ligar teoria e ciência ao cidadão comum que está do outro lado da margem.

Estratégias para aumentar a resiliência:

  1. I) Cultivando o otimismo: 

Soa como autoajuda. Porém, é um fato estudado e constatado por pesquisas: pessoas otimistas tendem a viver mais, se curar mais rápidos de doenças e pós operatórios e apresentar menos depressão e ansiedade.

Você pode estar se perguntando. Tá, devo ser otimista, mas não sou. E de fato, apenas 20% das pessoas parecem nascer naturalmente otimistas.

A boa notícia: o otimismo pode ser aprendido. Eis um segredo importante das pessoas otimistas: tendem a ver momentos difíceis em suas vidas como algo temporário. Isso significa que você pode estar triste, infeliz e mesmo assim ser otimista.

Uma das formas de cultivar o otimismo é começar a olhar para a própria linguagem. Existem 2 palavras que são a antítese do otimismo: SEMPRE e NUNCA.

Exemplos: “Ele nunca me liga” poderia ser substituído por “Ele não me ligou ultimamente”.

Importante pensar nas palavras que usamos para descrever as situações (as narrativas que contamos para nós mesmos importam). Notem que isso não é um convite para negar situações que podem ser permanentes, como a morte, por exemplo. Mas a forma como você se sente pode sim mudar!

 “Otimismo é o mesmo que olhar para as coisas como elas são e não de forma pior do que realmente são”.

 

  1. II) Mudando o Foco:

Uma forma de tentar recalibrar o nosso foco e ensinar a nós mesmos a olhar para o outro lado é por meio do jornal de gratidão. Consiste em listar 3 coisas boas que lhe aconteceram hoje e fazer isso rotineiramente durante algum tempo. Um truque está em procurar as pequenas coisas boas.

III) Escrita expressiva:

Escreva por 15 minutos ou mais durante alguns dias. Importante: expresse os seus mais profundos sentimentos e pensamentos, mesmo que vergonhosos, repulsivos ou desagradáveis (pode jogar fora o papel ou deletar o arquivo em que escreveu, isso não é um diário ou algo do tipo).

Em seguida explore o que escreveu. O que tem nesse acontecimento que te chateou tanto? O que você pode fazer para se sentir melhor a respeito? Como lidar com o fato de que pode não ter nada que você possa fazer a respeito? Teve algo que aprendeu sobre si mesmo que não sabia antes?

  1. IV) Conexões:

Achados similares para os benefícios do otimismo na saúde foram encontrados para o suporte social. Ter alguém com quem se pode contar, que estará presente nas atribulações, com quem poderá partilhar os bons momentos aumentam a expectativa de vida, diminui a chance de doenças, acelera a recuperação, aumenta o bem-estar geral.

Você só precisa de uma pessoa. A conexão pelo contato ao vivo, real e presencial é o que instantaneamente nos vem à mente. Mas redes sociais também ajudam e podem gerar o mesmo senso de conexão e os benefícios associados. As nossas conexões não necessariamente precisam ser com humanos, animais de estimação também contam.

  1. V) Estar presente:

Mindfullness é aquela técnica meditativa citada no início do texto que propõem focar no momento presente, de forma não julgadora. É um treinamento da capacidade humana para ser mais consciente, para aumentar a intimidade com a atividade e reatividade de nossas mentes.

 

A conclusão é que devemos aspirar à felicidade e ao bem-estar.

 

 

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