Uma análise sistemática e psicológica sobre as doenças psicossomáticas

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O estado emocional é um fator determinante para a saúde física

 

Estudos cada vez mais profundos a respeito da origem de nossas doenças tem sido fator principal para buscarmos uma compreensão mais precisa das mesmas. A cada dia se descobre que mais de noventa por cento, segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde – de nossas doenças físicas tem origem na “psique” – palavra de origem grega que tem como significado: alma. Assim sendo, podemos concluir que somos nós os verdadeiros responsáveis por nossas doenças. 

A Organização Mundial da Saúde define a saúde como um “estado de completo bem estar físico, mental e social e não somente ausência de doença ou enfermidade”.

Os aspectos físicos, interiores e comportamentais são considerados pela metafísica da saúde fundamentalmente importantes para a saúde plena. Somente quando esses três fatores estiverem em harmonia, a pessoa estará gozando de uma saúde perfeita ou próximo disso. Fora isso, ela até consegue manter-se bem fisicamente, mas, não raro, poderá sofrer alterações em seu quadro de saúde.

Estado emocional abalado, as frustrações e as atitudes extremistas, que visam a compensar algumas lacunas afetivas, causam prejuízos á saúde.

É muito difundida a ideia de que a saúde depende exclusivamente de uma alimentação adequada, ou, ainda que a ingestão de quaisquer substâncias nocivas ao corpo fatalmente provocará algum tipo de doença. Essa mentalidade pode tornar as pessoas alienadas ao culto do corpo e displicentes com os outros setores existenciais, tais como a condição interna e as relações interpessoais, que segundo a metafísica, são essenciais para a preservação da saúde integral.

O corpo possui uma excelente capacidade regenerativa. Ele consegue neutralizar alguns abalos sofridos, de maneira que não comprometam todo o sistema. O organismo sobrepuja alguns danos causados nele, desde que a condição interna da pessoa seja boa. Pode-se dizer que alguns hábitos considerados nocivos ao corpo são neutralizados pelo bom estado interior da pessoa e por seu excelente desempenho na vida.

Existem pessoas que são extremamente cuidadosas com o corpo e mesmo assim apresentam uma saúde instável. Por outro lado, existem aqueles que cometem até alguns exageros, mas a saúde permanece inalterada.

Isso ocorre porque o corpo não é uma máquina meramente operada pelo espírito, mas sim um organismo vivo, que serve como uma espécie de templo da vida, para um ser espiritual – que nada tem a ver com religião. A alma é construtora e mantenedora das condições corporais, ela projeta no organismo uma carga energética criada pelo estado emocional da pessoa. Os bloqueios e conflitos emocionais “bombardeiam” o corpo, sobrecarregando-o com vibrações negativas, provocando inúmeras doenças.

Um exemplo clássico disso no mundo atual é a depressão, originada por uma crise de desamor a sim mesma, inicialmente, e em seguida por tudo que a rodeia. Quando uma pessoa está mal, passando por crises depressivas, por exemplo, ela fica desleixada com a aparência e até com a higiene pessoal (já tive a oportunidade de ajudar pacientes depressivos que ficavam até dez dias sem tomar banho), abandona os cuidados com corpo que é a “externalização” de suas dores e angústias da alma. Os conflitos interiores fazem com que o corpo fique à mercê do abandono, em completo desleixo, podendo assim surgir as doenças.

O estado emocional é um fator determinante para a saúde física. “Corpo são, mente sã”; “Mente sã; corpo são”.

Pode-se dizer, resumidamente, que a doença representa a ausência dos potenciais do ser. Assim sendo, quando a pessoa começa a cuidar do corpo adoecido, tomando as providências necessárias para reaver a saúde, esse gesto representa uma forma de aproximação consigo mesma. Consequentemente, essa postura já é um passo para sanar as dificuldades internas geradoras dos males físicos.

Claro que não podemos afirmar que toda doença é espiritual; porém, não é incorreto dizer que toda doença tem sua origem no Espírito.

Para vencer uma doença é necessário superar algumas complicações interiores que metafisicamente provocam as enfermidades. Isso ocorre naturalmente enquanto a pessoa está fora de sua rotina diária, cuidando da saúde. Durante a convalescença, o doente reflete acerca daquilo que não está bem interiormente. Pode-se dizer que, quando uma pessoa supera alguma doença, é que ela mudou seus valores e resolveu alguns conflitos interiores, principalmente aqueles que figuravam como causas metafísicas da doença que afetou seu corpo.

Reagir a uma doença, ao invés de se entregar a ela, é de grande valia para a recuperação. Esse, porém, não é o fator principal para resgatar a saúde. Além de seguir o tratamento médico e psicoterápico para transformação dos padrões de comportamento, atitudes, pensamentos e sentimentos causadores das enfermidades.

Quando mergulhamos fundo na verdadeira escuridão de nossas almas encontramos ali os germes maléficos que irão “ressuscitar” ao longo de nossa existência, as doenças que são alicerçadas na forma ainda precária que dirigimos nossos sentimentos e pensamentos.

Em decorrência das leis naturais que governam a vida, quando o Amor não é o agente principal de nossos atos, nossos defeitos acabam se transformando em fatores desequilibrantes de nossa atmosfera vibratória, repercutindo na harmonia dos processos de multiplicação celular; que se veem comprometidos pelo desajuste do administrador daquele organismo, formamos pela nossa vibração inversa ao sentimento universal do amor: os tumores.

Sem o controle adequado dos processos de combate aos agentes invasores, o organismo tenta contê-los, organizando barreiras ao redor dos respectivos agressores, sem o apoio mental e emocional do principal interessado, no entanto, tais esforços as absolutamente inócuos. Em geral, a ação da pessoa não é outra senão a de alimentar os próprios agentes agressores de seu campo celular, infundindo vibrações de rancor, mágoa, ódio, desejo de vingança, ausência de perdão, arrogância agressiva, dificultando ainda mais a atividade de defesa dos mecanismos biológicos que lutam para preservar a harmonia.

Não se faz tardar, nesse campo doloroso, a multiplicação desajustada dos grupos de células produzindo as tumorações tão temidas que, num crescendo, podem abarcar todo o órgão onde se instalaram inicialmente ou, ainda, espalharem-se para outros sítios corporais (metástases).

Finalmente, podemos afirmar que nesse pequeno texto citamos como exemplo apenas a depressão e o câncer como doenças originadas na alma e não tratadas em seu devido tempo vão se manifestar no corpo físico. Fato, portanto, claro que, não basta cuidar dos sintomas; mas buscar a origem da moléstia em todas suas nuanças. Não basta tomar o remédio, é necessário ter a vontade que aquele remédio ajude na cura da doença. Não basta ir ao psicoterapeuta; faz-se mister que a pessoa queira e se comprometa em ajudar o profissional para ajudá-la no combate a sua doença. Infelizmente ainda não se encontrou um remédio capaz de curar a depressão; mas os mesmos ajudam de forma significativa no combate aos sintomas para que o indivíduo possa ter maior clareza de pensamentos para compreender a doença e como ele (pessoa) a “construiu” para junto com os profissionais envolvidos, as medicações e sua ajuda possam “destruí-la”.

É fácil curar as doenças; o mais difícil é curar o doente.

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