Síndrome do Pânico – medo de ter medo

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Depressão, ansiedade e ataques de pânico não são mais sinais de fraqueza. São mais comuns do que se imagina, e muitas pessoas passam por isso em algum momento da vida quando se sentem no limite, acuadas, porque o organismo perde a capacidade de analisar o perigo real e responde como se a ameaça fosse total. Pessoas fortes têm Síndrome do Pânico… Tratam-se e vivem felizes! De acordo com estatísticas recentes, a síndrome do pânico vem acometendo de 2 a 2,5 % da população mundial, são cerca de 170 milhões de pessoas em todo o mundo. E o número com ansiedade – que é o primeiro passo para se chegar à síndrome do pânico- é ainda maior, atinge cerca de 280 milhões, especialmente jovens de 15 a adultos de 45 anos.

 

Caracterizada por crises súbitas de depressão e ansiedade que duram entre 10 e 20 minutos e geram sensações de desmaio, vertigem, taquicardia, suor, enjôo, entre outras, a Síndrome do Pânico é caracterizada como uma doença da vida moderna, fruto da vida urbana nas cidades em que vivemos sempre sob pressão. Caracteriza-se por um estado evolutivo de ansiedade e depressão, resultando em um processo de isolamento do convívio social.

Pessoas que sofrem traumas e apresentam quadros pós-traumáticos como consequência direta de assa

 

ltos, roubos, sequestros, entre outros, acabam adquirindo este mal. As pessoas que

sofrem estes traumas acabam apresentando quadros dramáticos em que não conseguem fazer nada sozinhas, ficam apavoradas com a falta de luz ou lugares escuros, não conseguem andar sozinhas nas ruas, precisam de ajuda até para tomar banho. O que passa a ser necessário é a criação de uma outra “ponte”, ou outra conexão para substituir a que foi perdida.

 

O paciente com pânico sente, normalmente, rapidez dos batimentos cardíacos, sudorese, medos incontroláveis, como o medo de morrer, angustia de sair de casa, de perder os entes queridos, de trabalhar, desespero por andar na rua sozinho, entre outros. Os sintomas externos de um ataque de pânico geralmente produzem, como efeito colateral, experiências sociais negativas como vergonha e estigma social. Uma crise é uma das situações mais angustiantes que podem ocorrer a alguém.

 

Quem sofre deste mal, costuma fazer uma verdadeira maratona a diversos especialistas e, após uma quantidade exagerada de exames complementares, recebem, muitas vezes, o patético diagnóstico do “você não tem nada”, o que aumenta sua insegurança e desespero. Por vezes, a situação dramática do pânico é reduzida a termos evasivos como: estafa, nervosismo, stress, fraqueza emocional ou problema de cabeça. Isto pode criar uma incorreta impressão de que não há um problema de fato e, portanto, não existe tratamento para tal.

Síndrome do pânico: saiba como identificar e tratar a doença

Quem nunca se sentiu ansioso antes de uma entrevista de emprego ou de uma prova importante, por exemplo? O sentimento é comum e se justifica diante de algumas circunstâncias. Porém, quando ele se torna exagerado e a ansiedade ataca mesmo sem motivo, é preciso ficar alerta. Isso porque o transtorno de ansiedade, como é conhecido esse quadro, pode levar a um problema muito maior: a síndrome do pânico.

A síndrome é caracterizada pela sucessão repentina de crises de pânico, que duram cerca de 10 minutos e apresentam pelo menos quatro dos seguintes sintomas: palpitação, taquicardia, suor em excesso, tremor, náuseas, tontura, falta de ar, medo de perder o controle e de morrer.

E, embora o problema seja mais comum em pessoas por volta dos 25 anos, indivíduos de qualquer idade podem apresentar a síndrome, que não tem uma causa específica. A hipótese é que a síndrome do pânico esteja relacionada a fatores genéticos ou a disfunções neurológicas. A doença também pode estar associada a algum trauma que a pessoa tenha sofrido. “Ela pode se manifestar depois de um assalto, roubo ou sequestro, por exemplo.

O grande agravante é que, depois das primeiras crises, é comum que a pessoa comece a ficar com medo de ir a determinados lugares, que evite programas que fazia antes, temendo um novo ataque. Na prática, isso significa dizer que alguém que teve uma crise enquanto andava a pé, sozinho, pela rua, não andará mais e que se a crise foi dentro do transporte público, ela provavelmente não o utilizará mais. Com isso, quem tem a síndrome pode deixar de levar uma vida normal e até passar a se isolar cada vez mais, o que só piora o quadro.

Daí a importância de se buscar acompanhamento médico tão logo apareçam os primeiros sintomas. O tratamento para a síndrome do pânico inclui cuidar da doença em si e dos problemas que podem estar associados a ela, como a depressão. Para isso, normalmente são prescritos medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, e o paciente também é encaminhado à psicoterapia.

Mas a boa notícia é que a doença é completamente tratável e reversível.

Proteja quem você ama                  

Muita gente, por não conhecer os sintomas da doença, demora a buscar tratamento ou até resiste em apoiar alguém próximo que está sofrendo com o problema. No entanto, vale ressaltar que, embora os sintomas da síndrome do pânico sejam psicológicos, a doença é real e causa muito sofrimento. Por isso, se você conhece alguém que está passando por esse tipo de crise, o melhor é ser compreensivo, dar carinho e incentivá-lo, sem fazer pressão, a buscar um médico. Se possível, acompanhe-o durante as consultas. O apoio de pessoas queridas é fundamental para que o paciente aceite a doença e tenha motivação para procurar ajuda e se tratar.

 

Diante de tantos tratamentos para este mal, a terapia com essa técnica trabalha por meio de uma mudança no modo de pensar, agir e sentir, em que é possível aprender a controlar adequadamente essa sensação e minimizar fatores psicossomáticos.

 

É comum que as pessoas que sofram deste problema sejam extremamente produtivas, que acumulem funções, assumam grandes responsabilidades e sejam perfeccionistas, muito exigentes consigo mesmas e que não costumam aceitar bem os erros ou imprevistos, pois, como conhecem sua capacidade, não se permitem estar na média. Para tais pessoas, estar na média seria ser medíocre. Precisam sempre do lugar de destaque, primeiro por reconhecerem que podem responder com eficácia a qualquer coisa que se proponham a fazer, pois são inteligentes e persistentes o suficiente para isso. Em segundo lugar, por ocuparem posições de destaque em quase tudo durante a vida, as pessoas à sua volta acabam criando uma expectativa de sucesso para elas.

 

O que é a Síndrome do Pânico? Como é feito o diagnóstico?

É uma doença psiquiátrica que pode ser vista como o último degrau de um processo evolutivo que inclui insegurança, medo, fobia e depressão. O diagnóstico é feito por meio dos sintomas que o paciente apresenta e o mais característico e intenso é a extrema ansiedade. Uma outra característica é a sensação de morte eminente, o paciente se sente impotente ao extremo, inseguro ao extremo, ansioso ao extremo, achando que está morrendo. Essa sensação faz com se esconda, se isole no canto mais escuro do quarto dele. É uma pessoa que vive mal. Como sintomas, o paciente somatiza uma série de sensações, como taquicardia, sudorese, só de pensar na possibilidade de se expor ele começa a somatizar essa forma tão extrema e exacerbada.

 

– Quais são os fatores/causas mais comuns que desencadeiam o problema?

Aparentemente, na maior parte das vezes não há causa, o desencadeamento da crise é repentina e inesperada, pega o paciente despreparado para isso. Na realidade, são situações mal resolvidas e não resolvidas que foram se acumulando ao longo dos anos, assim como o acúmulo da ansiedade que desencadeia dessa forma. O paciente tem medo de tudo. Não consegue fazer nada, principalmente sozinha.

– Há pessoas que são mais suscetíveis a ter a doença?

Sim, minha experiência prova que pessoas mais sensíveis são mais suscetíveis, elas sentem muito mais as variações emocionais que acontecem ao redor dela. É comum que as pessoas que sofram deste problema sejam extremamente produtivas, que acumulem funções, assumam grandes responsabilidades e sejam perfeccionistas, muito exigentes consigo mesmas e que não costumam aceitar bem os erros ou imprevistos, pois, como conhecem sua capacidade, não se permitem estar na média. Para tais pessoas, estar na média seria ser medíocre. Precisam sempre do lugar de destaque, primeiro por reconhecerem que podem responder com eficácia a qualquer coisa que se proponham a fazer, pois são inteligentes e persistentes o suficiente para isso. Em segundo lugar, por ocuparem posições de destaque em quase tudo durante a vida, as pessoas à sua volta acabam criando uma expectativa de sucesso para elas.

– Existe prevenção?

A prevenção existe a partir do momento em que a pessoa aceita sua fragilidade com uma certa antecedência e busca ajuda profissional. Quando a pessoa começa a viver casos de depressão, ansiedade, picos de altos e baixos de insegurança e indecisão e percebe que precisa de ajuda, ela não chega ao nível de Síndrome do pânico, pois só a ajuda já é suficiente para amenizar os conflitos internos e não desencadear os extremos. A partir do momento em que eu busco ajuda, eu não estou mais me escondendo. Saber que tem um espaço disponível com uma pessoa disponível e atenta naquilo que você está falando, acolhedora, já faz com que a pessoa se sinta mais a vontade na busca da solução dos problemas. O processo terapêutico precisa ser um processo acolhedor.

– Quais são os tratamentos possíveis? É a base de remédios (que tipo de medicamento).

E as terapias, quais são as mais indicadas?

As terapias são indicadas sempre, porque durante o processo terapêutico, o processo passa por um amadurecimento e por uma compreensão das causas e efeitos do que lhe aflige. Às vezes há necessidade de medicamento para corrigir alterações bioquímicas que possam ter se criado, para dar um suporte maior, um empurrão. Se a síndrome já se desencadeou, há a junção de terapia mais medicamento. Uma outra terapia é o processo terapêutico que se utiliza da hipnose terapêutica para uma busca mais intensa e profunda do que está acontecendo e uma eliminação mais rápida dos efeitos que lhe faz sofrer. Hoje em dia, de uma forma geral, os processos terapêuticos mais utilizados são a base de cognitiva comportamental, e a hipnose é uma ferramenta altamente eficaz que se propõe a buscar no inconsciente as “causas” da fobia para extingui-la definitivamente. A hipnose terapeutica permite que uma pessoa em estado alterado de consciência possa ter acesso a recordações de situações anteriores, sem perder a consciência, porém, com a concentração focalizada, o que não deixa que elementos externos interfiram no processo hipnótico. O inconsciente não está limitado pela lógica, espaço e tempo, podendo lembrar-se de tudo. A mente pode comentar, criticar, censurar e a pessoa não perde o controle do que diz. Neste estado alterado de consciência é que a pessoa resgata lembranças que possam estar influindo negativamente na sua vida presente e que, provavelmente, seja a fonte de seus problemas.

– Em geral, quanto tempo dura o tratamento? A pessoa fica totalmente curada? Ou terá de conviver com esse fantasma para sempre?

Na relação causa efeito, resolvendo a causa, o efeito deixa de existir, é muito difícil fazer um prognóstico se a pessoa vai ficar totalmente curada ou não, o intuito do processo terapêutico é que se resolva tudo, e a volta do paciente ao convívio social de forma plena e satisfatória. O processo leva , normalmente de 6 meses a um ano. O que determina também a duração é a rapidez/dificuldade de enfrentar os mecanismos de defesa e as resistências da mente do paciente.

– O que a diferencia da depressão? Ou Síndrome do Pânico é um tipo de depressão?

A depressão é uma fase anterior ao do pânico, caracterizada múltipla sensação da impotência. Já a síndrome do pânico é a sensação de morte eminente.

 

– Os sintomas são apenas psíquicos/comportamentais ou podem haver sinais físicos? Quais?

Sim, é caracterizada por crises súbitas de depressão e ansiedade que duram entre 10 e 20 minutos e geram sensações de desmaio, vertigem, taquicardia, suor, enjôo, entre outras


– Homens e mulheres estão igualmente suscetíveis? Se não, porque isso acontece?

São igualmente sensíveis.

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