Um casamento por aparência evidencia um relacionamento que possui conflitos e/ou crises mal resolvidas recentes ou antigas. Crise é um período de tensão e de conflito que aparece periodicamente na vida de toda família ou casal que pode ser produzida tanto por uma mudança esperada (previsível = como fases do desenvolvimento adolescência, aposentadoria) ou mudanças imprevisíveis (falecimentos, perda de emprego, doenças etc.).
No entanto é importante que o casal consiga se reorganizar diante dessa crise com flexibilidade, novos equilíbrios, as vezes novos papéis e mudanças nos padrões de afetos (interação). Caso seja um momento de grande dificuldade e o casal perceba sua incapacidade de resolver sozinho seus conflitos é importante que busquem ajuda de Psicoterapia de Casal ou de Família para superar a crise. A crise pode ser benéfica se for passageira e não cristalizar papeis e relações patológicas.
Quando um dos cônjuges não expõe suas necessidades, sentimentos, desejos e frustrações isso ‘afasta’ afetivamente o casal e adia qualquer possibilidade de resolver podendo a médio e longo prazo um distanciamento emocional que pode trazer o rompimento do relacionamento ou ‘cristalizará relação com uma distância afetiva prejudicial a vida a dois.
Casamentos com vínculos afetivos ambivalentes e que escondem conflitos e ‘falsos afetos ou falsos vínculos’ prejudica a comunicação de todos os membros da família, produz modelos afetivos distorcidos, ambíguos e conflituosos para os filhos que no futuro utilizaram desses modelos consciente e/ou inconsciente para estabelecer as suas relações afetivas. Pode Gerar sintomas psicológicos, físicos e psicossomáticos em qualquer um dos membros envolvidos. Dificulta o crescimento psicológico e social dos filhos que as vezes inconscientemente ficam ‘presos’ na dinâmica do casal com sintomas que servem para unir o casal e impedir a dissolução da família e do vínculo dos pais.
Muitos são os motivos que mantém o vínculo desde dependência afetiva, financeira e mesmo social. As histórias dos vínculos, o momento que o casal formou o vínculo, o tipo de vínculo estabelecido durante o relacionamento e os conflitos individuais de cada cônjuge são alguns dos elementos que pode contribuir para que mesmo sem o Amor (afeto inicial que uniu o casal) continue juntos.
É provável que vínculos semelhantes possa evidenciar relações de submissão, poder, dependência afetiva, insegurança, temor a rejeição. Ao formar os vínculos conjugais ativa-se esquemas de crenças e vínculos individuais que pode ser adaptativo ou não e isso que tornará uma relação mais salutar.
Os tipos de vínculos revelam que há por parte de cada cônjuge o acionamento de esquemas individuais que quando se encontram no vinculo geram algumas formas de relacionamento como as abaixo:
- Desconexão e rejeição – com manifestações de abandono, desconfiança e privação emocional;
- Autonomia e desempenho prejudica – dependência, emaranhamento e fracasso;
- Limites prejudicados – merecimento/grandiosidade, insuficiência de autocontrole e autodisciplina;
- Orientação para o outro, que inclui os esquemas de subjugação e auto sacrifício, refere-se a pacientes que focam excessivamente desejos e necessidades dos outros em detrimento dos seus;
- Super vigilância e inibição, que inclui os esquemas de negativismo, inibição emocional, padrões inflexíveis e caráter punitivo, aparece em pacientes que suprimem seus impulsos e sentimentos espontâneos, submetendo-se à regras e expectativas rígidas internalizadas.
Muitas mulheres podem querer mais o vínculo oficial do casamento, os benefícios sociais e financeiros, o status e mesmo o fato de ter seus próprios problemas sexuais (baixa libido, dificuldades e traumas) querer ter um parceiro que no vínculo com ela se mantenha numa postura assexuado.
Ou mesmo é possível que o afeto da esposa seja verdadeiro e que por questões de orgulho e mesmo por ter um perfil mais competitivo queira ficar na disputa pelo ‘amor’ ou papel de parceira oficial. Em todas as relações há diferentes motivos que levam a um casal se escolher desde motivações conscientes até inconscientes (como traumas, repetições de conflitos vividos na sua família de origem e mesmo questões de sexualidade como fantasias ou transtornos psíquicos)
Que erros os casais que desejam terem sucesso em seus casamentos ou namoros devem evitar para não caírem numa relação de aparência?
Sempre quando há conflito entre o casal é importante que o casal busque dialogar, se comunicar e expressar seus sentimentos e buscar renegociar mudanças e novas formas de lidar com suas questões rotineiras (caso isso seja um motivo de conflito). Ambos devem ter condições de encarar os conflitos e buscar soluções para melhorar a qualidade da relação conjugal.
Quando um dos cônjuges não expõe suas necessidades, sentimentos, desejos e frustações isso ‘afasta’ afetivamente o casal e adia qualquer possibilidade de resolver podendo a médio e longo prazo um distanciamento emocional que pode trazer o rompimento do relacionamento ou ‘cristalizará relação com uma distância afetiva prejudicial a vida a dois.
– Diálogo, bom senso, ânimos calmos, conversar em momentos mais tranquilos e apropriados pode ser um bom começo para buscar soluções para crises e conflitos conjugais.
Porém diante de crises mais cristalizadas (no tempo e intensidade) é importante buscar ajuda profissional (Psicoterapia de Casal) para auxiliar e melhorar a qualidade do relacionamento e superar conflitos.
DICAS:
- Numa relação a dois é importante que ambos tenham comportamentos afetivos, cordiais como:
- Praticar palavras de incentivo,
- Apoiar diante de diferentes situações,
- Fornecer apoio emocional
- Demonstrar respeito sempre (evitando palavras e ofensas)
- Expressar verbalmente o apreço pelo seu cônjuge
- Escutar e dar atenção ao cônjuge
- Não exagerar nas críticas
- Escolher o momento para falar de assuntos mais delicados
- Elogiar antes de pedir algo
- Valorizar pequenas mudanças e aspectos positivos de seu cônjuge
- Demonstrar empatia frente as necessidades e sentimentos de seu parceiro
Essa são algumas dá dicas que podem possibilitar uma relação mais tranquila e madura.